Com a vitória do Lula e o novo modelo de governo, a economia brasileira já dá sinais de incertezas. Mas como ficam os investimentos neste cenário de transição?
As declarações recentes do Lula agitaram o mercado financeiro e fizeram alguns ativos perder valor. Desde a sua vitória eleitoral, as estatais listadas na bolsa de valores perderam cerca de R$ 101 bilhões de valor de mercado e deste montante, a Petrobras sozinha perdeu R$ 81 bilhões.
Lula é declaradamente contra a existência do teto de gastos, afirmando que ele limita o crescimento da economia e a distribuição de renda.
Uma revisão no teto de gastos é necessária para adequar e acomodar as despesas para o Bolsa Família de R$ 600,00, um reajuste real do salário-mínimo e outras promessas feitas durante a campanha eleitoral. Em suas últimas falas, o Lula disse “por que se fala em cortar gastos, fazer superavit e respeitar o teto de gastos?”
As falas foram vistas pelas figuras do mercado financeiro como uma pretensão do novo governo em gastar e relativizar o quadro de restrição fiscal, que o Brasil está se deparando.
Ainda no cenário político, o vice-presidente eleito, Alckmin, confirmou Guido Mantega, ex-ministro da fazenda, na composição do grupo de Planejamento e Orçamento da equipe de transição. Mantega atuou no ministério da fazenda por quase 9 anos, servindo aos governos de Lula e Dilma Rousseff. O anúncio de Guido Mantega gerou um resposta negativa na bolsa de valores, cerca de 4%, na quarta-feira, dia 09.
Além disso, esta agitação no mercado também foi influenciada pela divulgação do IPCA de outubro, que veio positivo após três meses consecutivos de deflação. A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), voltou a subir em outubro, com avanço de 0,59%, após recuo de 0,29% em setembro.
Na prática, isso cria uma atmosfera maior de risco, o que pressiona o dólar. Como resultado, os juros futuros sobem e o mercado de ações cai.
O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meireles, que apoiou a campanha de Lula e até então era seu aliado, em evento promovido pelo banco BTG Pactual, foi categórico ao dizer para os investidores que está pessimista, mas desejou “boa sorte”. Sinalizou que o governo aponta para práticas semelhantes ao que o governo Dilma praticava.
Se na economia, o “The Winter is coming”, como eu faço pra costurar um casaco?
Ajustar os investimentos e proteger seu patrimônio é fundamental, frente as incertezas que estão por vir. É necessário preparar um casaco para aquecer e proteger o seu dinheiro.
Mas como?
Diversificar é o segredo.
Em momentos de turbulências no cenário econômico e político no Brasil, o ideal é direcionar a carteira para ativos com o indexador de IPCA+ e em ativos em dólar, por exemplo.
Estes anos de instabilidade podem ser oportunidades de taxas de juros altos na renda fixa, para quem está olhando para longos prazos.
POR QUE INVESTIR EM DÓLAR?
O dólar é uma proteção não só para crise como também para a inflação. Investir em dólar te dá mais segurança de não perder dinheiro. Os Estados Unidos, o berço do dólar, por possuir uma economia mais dinâmica, saem de crises econômicas mais rapidamente que a maioria dos outros países.
POR QUE IPCA+?
Os títulos de renda fixa indexados ao IPCA são boas opções de proteção do patrimônio dentro da sua carteira. Por se tratar de títulos híbridos, com uma parte pós-fixada em no indexador da inflação e outra prefixada no momento da aplicação, o IPCA+ garante sempre um juro real, em outras palavras, garante o rendimento sempre maior do que a inflação. Assim, o investimento é protegido das variações da economia durante o período contratado.
Quer saber mais? Procure um assessor de investimentos da Aliá.